Governo americano não descarta envio de tropas ao Iraque

Inicialmente, o presidente Barack Obama havia anunciado que não enviaria tropas para combates terrestres no território iraquiano e na Síria
Da ABr
Publicado em 16/09/2014 às 21:12


O governo dos Estados Unidos poderá enviar tropas militares para combater a milícia extremista muçulmana autodenominada Estado Islâmico (EI) no Iraque, caso "julgue necessário". A informação foi dada nesta terça-feira (16) pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do país, Martin Dempsey, durante audiência no Senado. Inicialmente, o presidente Barack Obama havia anunciado que não enviaria tropas para combates terrestres no território iraquiano e na Síria.

"O presidente Obama poderá enviar conselheiros militares para a frente de combate no Iraque, mas esta necessidade será avaliada caso a caso", afirmou Dempsey durante a audiência,da qual participou também o secretário de Defesa, Chuck Hagel.

Segundo o chefe das Forças Armadas, Obama pediu para ser minuciosamente informado. "No futuro, os combates no Iraque poderão necessitar do envio de tropas norte-americanas para dirigir os ataques aéreos contra as posições dos jihadistas do Estado Islâmico", disse Dempsey.

Na semana passada, antes do anúncio do plano de combare ao EI, a Casa Branca e o presidente Obama reiteraram em pelo menos quatro situações que não enviariam tropas americanas para combates terrestres. A informação inicial era que somente os conselheiros militares seriam enviados para orientar e coordenar os ataques aéreos na região.

Os últimos soldados americanos que ainda estavam em território iraquiano foram retirados há pouco mais de dois anos e meio.

“Caso cheguemos ao ponto de considerar a necessidade de que nossos conselheiros devem acompanhar as tropas iraquianas na ofensiva contra as posições do Estado Islâmico, será isso que recomendarei ao presidente”, afirmou o general.

Na audiência pública, os senadores fizeram perguntas sobre o plano, que prevê a necessidade de mais recursos para a operação militar na região. O aporte financeiro tem de ser aprovado pelo Congresso norte-americano, que será renovado em novembro.

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