Os Estados Unidos pediram nesta quinta-feira ao Irã que coopere urgentemente com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em sua investigação sobre o programa nuclear de Teerã, um dia antes da retomada das negociações sobre esta questão em Nova York.
A investigação desta agência da ONU tem o objetivo de garantir que o programa nuclear iraniano é meramente civil, como afirma Teerã.
A AIEA esperava receber do Irã no dia 25 de agosto uma série de informações sobre seu programa nuclear, mas as autoridades não forneceram respostas satisfatórias, segundo a agência.
"As preocupações sobre a possível dimensão militar do programa nuclear iraniano devem ser eliminadas no âmbito" de qualquer acordo global entre o Irã e as grandes potências, declarou a representante americana na AIEA, Laura Kennedy, nesta quinta-feira à margem de uma reunião da organização em Viena.
"Só então será possível confiar que o programa nuclear iraniano é e continuará sendo exclusivamente pacífico", acrescentou.
Na sexta-feira serão retomadas em Nova York as negociações formais entre o Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China, além da Alemanha), com a esperança de alcançar um acordo global até 24 de novembro.
Por sua vez, o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, pediu durante um encontro com o secretário americano de Estado, John Kerry, a manutenção das sanções internacionais contra o Irã e seu programa nuclear, segundo um comunicado publicado nesta quinta-feira.
Lieberman afirmou que se este país "se dotar de armas nucleares, o Oriente Médio viverá uma corrida pelo armamento nuclear".