Dezenas de turcos que haviam sido raptados por militantes islâmicos no Iraque, há três meses, foram libertados e retornaram para seu país neste sábado (20), anunciou o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, encerrando a crise de reféns mais grave da história do país.
O rapto ocorreu em 11 de junho, quando 49 funcionários do consulado turco na cidade iraquiana de Mosul foram tomadas como reféns pelo Estado Islâmico (anteriormente conhecido como Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ou EIIL), durante a campanha do grupo militante para conquistar grandes áreas do Iraque e Síria.
Segundo o vice-premiê, Bulent Arinc, os reféns incluem 46 turcos e três iraquianos, entre eles o cônsul-geral Ozturk Yilmaz, outros diplomatas, crianças e oficiais da força de polícia especial.
Davutoglu, que estava em Baku, capital do Azerbaijão, interrompeu a visita, foi ao encontro dos reféns na província turca de Sanliurfa, perto da fronteira com a Síria, e os transportou para Ancara em seu avião.
O primeiro-ministro não disse onde ocorreu a libertação, mas a agência de notícias estatal Anadolu informou que os cativos tinham sido mantidos em oito diferentes endereços em Mosul. Também segundo a Anadolu, não houve pagamento de resgate pelos reféns.