A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ressaltou o seu descontentamento com o papel da Rússia no leste da Ucrânia nesta terça-feira e disse que ainda não há motivos para que a União Europeia remova suas sanções sobre o país.
Merkel afirma que seu objetivo ainda é encontrar uma solução diplomática para o conflito, mas que o apoio da Rússia às eleições de rebeldes na Ucrânia evidencia "que é difícil até manter os acordos que já foram celebrados". A votação local em regiões do país cuja principal língua é o russo, Luhansk e Donetsk, ocorreu no domingo e indica vitória dos líderes separatistas. As eleições foram alvo de críticas da comunidade internacional.
"A Rússia ainda não está contribuindo como queríamos, particularmente em relação a Luhansk e Donetsk", afirmou a líder alemã em coletiva de imprensa. "As sanções econômicas foram inevitáveis e ainda não há motivos para retirá-las".
A nova chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, afirmou a jornais europeus publicados nesta terça-feira que defende as sanções, mas está incerta em relação à influência das medidas. Enquanto seus efeitos sobre a economia russa são claros, a questão é "se isso será o elemento que irá mudar significativamente a atitude política russa em relação à crise", questionou ao jornal britânico Guardian.