Médico de Serra Leoa com Ebola morre em hospital dos EUA

Dr. Martin Salia foi o primeiro cidadão de Serra Leoa com Ebola a ser repatriado para os Estados Unidos
Da AFP
Publicado em 17/11/2014 às 11:35
Dr. Martin Salia foi o primeiro cidadão de Serra Leoa com Ebola a ser repatriado para os Estados Unidos Foto: Foto: AFP


O médico de Serra Leoa infectado com o vírus Ebola que estava em tratamento desde sábado nos Estados Unidos faleceu nesta segunda-feira, anunciou em um comunicado o Nebraska Medical Center.

"Temos o imenso pesar de anunciar que o terceiro paciente que tratamos por Ebola, o médico Martin Salia, faleceu devido a complicações da doença", indica o estabelecimento que havia informado no domingo que ele estava "gravemente doente".

"Apesar dos esforços 'heroicos', a doença estava em um estágio muito avançado e não conseguimos salvá-lo", lamentou o hospital, que convocou uma coletiva de imprensa ainda nesta segunda-feira.

O Dr. Martin Salia, que trabalhava no hospital Connaught em Freetown, foi o primeiro cidadão de Serra Leoa com Ebola a ser repatriados para os Estados Unidos, que trataram nove pessoas, a maioria depois de contrair a doença na África. O Nebraska Medical Center, especialmente equipado para tratar pacientes infectados com o vírus, já havia tratado dois pacientes com Ebola que sobreviveram.

"O dr. Salia estava em estado extremamente crítico quando chegou aqui e, infelizmente, apesar dos nossos esforços, não fomos capazes de salvá-lo", declarou o Dr. Phil Smith, diretor médico da unidade especializada. De acordo com o hospital, Salia sofria de insuficiência renal e respiratória em sua chegada nos Estados Unidos.

Colocado em diálise e respirador artificial, além de receber tratamentos para ajudar seu organismo a lutar contra o vírus, ele também recebeu no sábado o plasma de um doador curado da doença não identificado e o ZMapp, soro experimental que ainda está sendo testado.

"Usamos todos os tratamentos disponíveis para dar todas as chances de sobrevivência ao Dr. Salia", observou o Dr. Smith. "Como aprendemos, o tratamento precoce dos pacientes é essencial."

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