Um ataque aéreo que teria sido realizado pela coalizão dos Estados Unidos durante a noite atingiu Harem, uma cidade controlada por militantes da Al-Qaeda no noroeste da Síria, segundo ativistas.
A cidade, uma importante rota de contrabando para a Turquia, é controlada pelo braço sírio da Al-Qaeda, a Frente Nusra. Aeronaves norte-americanas já haviam bombardeado a região na semana passada.
Informações sobre o ataque foram divulgadas pelo Comitê de Coordenação Local e pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, que recebem informações de ativistas locais. Segundo o observatório, dois combatentes da Frente Nusra morreram após o ataque.
Se confirmado, o ataque marcará a quarta ação da coalização tendo como alvo a Al-Qaeda, na campanha aérea liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
O Exército dos EUA disse que os ataques contra a Frente Nusra têm como alvo um grupo chamado Khorasan que, segundo Washington, é uma célula especial dentro da Frente que pretende realizar ataques contra os interesses do Ocidente.
Dentro da Síria, ativistas e rebeldes questionam a tentativa dos Estados Unidos de diferenciar os dois grupos, afirmando que eles seriam apenas uma instituição. Muitos analistas também duvidam da diferença.
Os Estados Unidos dizem que não realizam a operação aérea na Síria em coordenação com o presidente Bashar Assad, cuja própria força bombardeia as regiões dominadas pela oposição, desde o início da campanha de coalização internacional iniciada em setembro.
O observatório informou que a Síria executou 1,6 mil ataques aéreos desde o dia 20 de outubro. A organização também afirmou que ao menos 396 pessoas, incluindo 109 crianças, foram mortas nessas bombardeios.
Um ataque realizado pelo governo atingiu a cidade Raqqa, controlada pelo Estado Islâmico, matando ao menos nove pessoas, segundo o Observatório e um ativista local chamado Fourat Alwfaa. Ele ressaltou que os mortos seriam civis.
Outro ataque atingiu a cidade de al-Hara, no sul da Síria, matando oito pessoas, incluindo quatro crianças e uma mulher, de acordo com o Observatório. Um ativista do grupo em Deraa também relatou o bombardeio, mas não deu informações sobre as vítimas.