Os combatentes curdos ganharam espaço em Kobane, uma cidade curda na Síria perto da fronteira com a Turquia onde os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), que tentam controlá-la, perderam 18 combatentes, anunciou nesta segunda-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Os combatentes das Unidades de Proteção Popular (YPG), a milícia dos curdos sírios, avançaram no leste e no nordeste de Kobane, disse esta ONG.
"Ao menos 18 jihadistas do Estado Islâmico e um número indeterminado de combatentes curdos morreram nos confrontos", disse à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
Ambas as partes estão utilizando armas pesadas, acrescentou Rahman, que apontou que Kobane segue dividida em partes iguais entre os curdos e os jihadistas, que lançaram o ataque contra a cidade há três meses.
Os combatentes curdos resistiram à ofensiva jihadista, que no início parecia imparável, graças ao apoio aéreo da coalizão de países árabes e ocidentais dirigida pelos Estados Unidos.
A coalizão realizou ao menos cinco ataques aéreos em Kobane durante a noite, indicou o OSDH.
Em outra frente do complexo conflito sírio, as forças rebeldes, que incluem milicianos da Frente al-Nosra, braço da Al-Qaeda na Síria, aumentaram a pressão sobre a localidade xiita de Zahraa, favorável ao governo do presidente sírio Bashar al-Assad.
Zahraa, no oeste da Síria, está cercada há 18 meses e os combates nesta localidade e em Nubol, outro povoado xiita, são muito violentos, indicou a fonte, que informa sobre a morte de oito rebeldes e um civil.