O papa Francisco apelou nesta segunda-feira (1º) a todos os líderes muçulmanos para que condenem claramente o terrorismo islâmico, considerando que “não se pode dizer que todos os muçulmanos são terroristas”.
Depois de três dias na Turquia, na viagem de volta ao Vaticano, ele conversou com jornalistas sobre a ligação que é feita entre o Islã e o terrorismo e disse sentir-se revoltado com essa associação. “Muitos [muçulmanos] me dizem: não somos assim, o Alcorão é um livro de paz, é um livro profético de paz, isso não é o Islamismo”, lembrou.
“Ouço isso e sinceramente não posso dizer que todos os muçulmanos são terroristas […]. Em todas as religiões há esses pequenos grupos”, destacou, acrescentando que “todos os líderes muçulmanos, políticos e religiosos deviam claramente condenar isso porque ajudaria a maioria do povo muçulmano”.
Nas declarações aos jornalistas durante a viagem, o chefe da Igreja Católica reiterou o desejo de viajar ao Iraque. “Quero ir ao Iraque. Falei com o patriarca Sako, enviei lá o cardeal Filoni, mas, no momento atual, não é possível. Se, neste momento, eu fosse lá, criaria um problema de segurança bastante sério às autoridades”, explicou.