Papa considera escravidão crime contra a humanidade

Francisco ressaltou que ''todas as pessoas são iguais e têm de lhes ser reconhecidas a mesma dignidade e a mesma liberdade''
Da ABr
Publicado em 02/12/2014 às 14:37
Francisco ressaltou que ''todas as pessoas são iguais e têm de lhes ser reconhecidas a mesma dignidade e a mesma liberdade'' Foto: Foto: AFP


O papa Francisco qualificou nesta terça-feira (2) como crime contra a humanidade todas as formas de escravidão moderna, na cerimônia de assinatura de um acordo com líderes de várias religiões para erradicar essa prática até 2020.

“Declaramos, em cada um dos nossos credos, que a escravidão moderna em todas as suas formas – prostituição, trabalho forçado, mutilação, venda de órgãos ou trabalho infantil – é um crime de lesa humanidade”, afirmou o papa.

O papa ressaltou que “cada ser humano é uma pessoa livre” e “todas as pessoas são iguais e têm de lhes ser reconhecidas a mesma dignidade e a mesma liberdade”.

Qualificando a assinatura do acordo de “iniciativa histórica”, Francisco comemorou o esforço conjunto de todas as religiões “para erradicar o terrível flagelo da escravidão moderna em todas as suas formas” que “acorrenta dezenas de milhares de pessoas à humilhação e à desumanização” e apelou a todos os governos e empresas que se juntem a esse esforço.

Participaram da cerimônia representantes de várias religiões, entre os quais o hindu Mata Amritanandamayi, os rabinos Abraham Skorka (argentino) e norte-americano David Rosen (norte-americano), o ortodoxo francês Emmanuel, o aiatolá iraquiano Mohammad Taqi Al Modarresi e o arcebispo britânico Justin Welby.

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