Farc e governo colombiano superam divergências e retomam diálogo

Diálogo foi suspenso no dia 16 de novembro após o sequestro pelos rebeldes do general Ruben Alzate e de duas pessoas que o acompanhavam na província de Choco, na Costa do Pacífico
Danilo Galindo
Publicado em 04/12/2014 às 9:31
Diálogo foi suspenso no dia 16 de novembro após o sequestro pelos rebeldes do general Ruben Alzate e de duas pessoas que o acompanhavam na província de Choco, na Costa do Pacífico Foto: Foto: LUIS ROBAYO / AFP


O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram nessa quarta-feira (3) a acordo em Cuba para retomar as conversações de paz dentro de uma semana. Eles classificaram como “ultrapassada” a crise provocada pelo sequestro de um general pelos rebeldes.

“Consideramos que a crise está ultrapassada. Decidimos que a próxima rodada de negociações será feita  entre 10 e 17 de dezembro”, anunciaram as duas partes, em comunicado lido em Havana por representantes de Cuba e da Noruega, países que coordenam o processo de paz colombiano.

As delegações expressaram igualmente o seu desejo “de avançar para uma contenção do conflito, com o objetivo de alcançar um acordo o mais rapidamente possível sobre essa matéria”. Nesse sentido, as partes decidiram criar um “mecanismo permanente” que será encarregado de “facilitar a resolução de eventuais crises futuras”.

Após uma primeira reunião na terça-feira (2), as delegações de Bogotá e das Farc reuniram-se ontem novamente para estabelecer as bases de uma retomada do diálogo suspenso no dia 16 de novembro após o sequestro pelos rebeldes do general Ruben Alzate e de duas pessoas que o acompanhavam na província de Choco, na Costa do Pacífico.

Exigida pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, como pré-requisito para a retomada das conversações com as Farc, a libertação dos três prisioneiros foi aceita pelos guerrilheiros, que os entregaram em uma missão humanitária no domingo (30).

Em Bogotá, Juan Manuel Santos comemorou o anúncio da retomada do diálogo e desejou uma resolução rápida e total do “conflito armado, para salvar vidas, evitar sofrimento e ter, ao fim de 50 anos, finalmente paz no país”.

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