O governo dos Estados Unidos não estava ciente das negociações para libertar o refém sul-africano que morreu durante uma operação frustrada de suas forças especiais no Iêmen, afirmou nesta segunda-feira o embaixador americano na África do Sul.
Pierre Korkie, um professor de 56 anos, havia sido capturado por militantes da Al-Qaeda no Iêmen há mais de um ano e morreu no sábado, aparentemente horas antes de sua libertação.
O grupo não governamental sul-africano 'Gift of the Givers' disse que havia negociado a libertação de Korkie e comunicado a sua esposa Yolande que em breve ele voltaria para casa.
Mas o embaixador Patrick Gaspard indicou à emissora de rádio 702 que os Estados Unidos não estavam cientes de sua libertação iminente.
"O governo dos Estados Unidos desconhecia completamente que havia negociações entre a Gift of the Givers e esses captores brutais da Al-Qaeda", disse Gaspard.
Indicou que Washington também não sabia que Korkie estava detido no mesmo lugar que Luke Somers, um fotojornalista americano que também morreu na operação frustrada das forças especiais dos Estados Unidos na província de Shabwa, no Iêmen.
"O presidente soube através do Conselho Nacional de Segurança que o refém Luke Somers enfrentava uma ameaça iminente", disse Gaspard.
"Foi publicado um vídeo" que dizia que "seria executado em 72 horas. Com esta informação (...) o presidente Obama autorizou a missão de resgate para tentar libertar Somers e evitar que tivesse o mesmo destino que outros tiveram recentemente", acrescentou.