A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, premiada com o Nobel da Paz, reiterou nesta quinta-feira em Oslo que dentro de 20 anos se vê como primeira-ministra de seu país.
"Eu quero ajudar o meu país, eu quero ver meu país avançar e sou verdadeiramente patriótica. Então eu decidi me dedicar à política e talvez um dia se as pessoas votarem em mim sereia primeira-ministra", disse Malala, de 17 anos.
Quando? "É possível ser primeira-ministra com 35 anos, e não antes, de modo que dentro de muitos anos", disse durante coletiva de imprensa ao lado da chefe do governo norueguês, Erna Solberg.
Malala, que milagrosamente sobreviveu a um ataque do Talibã em 9 de outubro de 2012, é inspirada por Benazir Bhutto, primeira-ministra do Paquistão em duas ocasiões (1988-1990 e 1993-1996) e assassinada em 2007.
"Ela é um exemplo [...] que transmite a mensagem de que as mulheres podem progredir, porque em algumas comunidades, supõem-se que as mulheres não podem progredir e ser primeira-ministra", disse a adolescente, que vive no Reino Unido.
Ícone mundial da luta pela educação das meninas, Malala é alvo de críticas em seu país, onde às vezes é acusada de ser um fantoche do Ocidente que trai os valores muçulmanos.