Marcha contra violência policial reúne milhares nos EUA

À frente da marcha, os familiares de Eric Garner, Michael Brown, Tamir Rice e Trayvon Martin conduziam os manifestantes
Da Folhapress
Publicado em 13/12/2014 às 17:05
À frente da marcha, os familiares de Eric Garner, Michael Brown, Tamir Rice e Trayvon Martin conduziam os manifestantes Foto: Foto: CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP


Milhares de pessoas se reuniram na Freedom Plaza, em Washington, na manhã deste sábado (13) para marchar em direção ao Congresso contra casos recentes de violência policial contra negros nos Estados Unidos.

Organizada pela National Action Network (Rede de Ação Nacional), comandada pelo reverendo Al Sharpton, conhecido ativista dos direitos civis no país, a marcha "Justiça para Todos" atraiu moradores de vários outros Estados.

À frente da marcha, os familiares de Eric Garner, Michael Brown, Tamir Rice e Trayvon Martin conduziam os manifestantes, que gritavam "Sem Justiça, sem Paz" e seguravam cartazes com a frase "as vidas dos negros são importantes."

PROTESTOS NOS EUA - "Nós viemos de Nova Iorque em centenas para nos juntarmos ao protesto. Com todas as organizações juntas e aqui na capital, acho que podemos conseguir as mudanças que buscamos", disse Imani Agnaix, 22, da Naacp, organização que defende o direito da comunidade negra.

Segundo ela, os policiais responsáveis pelas mortes têm de ser indiciados e punidos. Outros protestos estão marcados para este sábado em várias cidades do país, incluindo Nova Iorque, San Francisco, na Califórnia, Austin, no Texas, e Kansas City, em Missouri.

PRINCIPAIS CASOS - Em 2012, o adolescente Trayvon Martin foi morto na Flórida pelo vigia George Zimmermann, depois absolvido. Em julho deste ano, o policial Daniel Pantaleo matou com uma gravata Eric Garner, 43, suspeito de vender cigarros contrabandeados em Nova York - Pantaleo não foi indiciado.

Um mês depois, em agosto, Michael Brown, 18, foi assassinado a tiros em Ferguson (Missouri) pelo policial Darren Wilson, que também não foi indiciado.

No mês passado, o garoto Tamir Rice, 12, foi assassinado em Cleveland por um policial que achou que sua arma de brinquedo era verdadeira.

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