Jihadistas partidários do grupo Estado Islâmico (EI) reivindicaram o assassinato, em 2013, dos opositores tunisianos Chokri Belaid e Mohamed Brahmi, em um vídeo publicado nesta quinta-feira na internet.
"Sim, tiranos, fomos nós que matamos Chokri Belaid e Mohamed Brahmi", disse Abu Muqatel, um jihadista procurado pelas autoridades, que o acusam de estar envolvido nos ataques cometidos em fevereiro e julho de 2013 contra os dois opositores.
É a primeira vez em que estes atentados são reivindicados. O opositor anti-islamita Chokri Belaid morreu em 6 de fevereiro na Tunísia e no dia 25 de julho do mesmo ano Mohamed Brahmi, opositor nacionalista de esquerda, foi assassinado perto da capital.
No vídeo, Abu Muqatel aparece cercado por outros três homens armados e com uniforme de combate. "Voltaremos e mataremos alguns de vocês. Não viverão tranquilamente até que a Tunísia aplique a lei islâmica", ameaçou, convocando os tunisianos a jurar lealdade ao EI, um grupo ultrarradical que conquistou territórios na Síria e no Iraque.
A Tunísia vive desde a revolução de janeiro de 2011 um aumento dos ataques atribuídos aos jihadistas que deixaram dezenas de mortos entre os membros das forças de segurança, além dos dois opositores.