Forças de segurança paquistanesas mataram mais de 50 militantes suspeitos nesta sexta-feira em meio à intensificação das operações contra insurgentes após um massacre dos talibãs contra uma escola que deixou 149 mortos.
A tragédia de terça-feira na cidade de Peshawar, no noroeste do país, desencadeou uma onda de condenações internacionais e promessas de ação rápida e decisiva de líderes políticos e militares do Paquistão contra os talibãs.
Os primeiros enforcamentos de prisioneiros no corredor da morte devem acontecer nos próximos dias, depois que o primeiro-ministro, Nawaz Sharif, levantou uma moratória sobre as execuções em casos de terrorismo.
Nesta sexta-feira, uma emboscada das forças de segurança no noroeste do país matou ao menos 32 militantes, que se somam aos 27 mortos em ataques aéreos e operações terrestres na quinta-feira.
"Consta que um grupo de terroristas estava se deslocando de Tirah para a fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. As forças de segurança armaram uma emboscada contra o grupo em Wurmagai e Spurkot, matando 32 terroristas em uma troca de tiros", disse um comunicado militar.
Em outra operação nesta sexta-feira, 18 militantes foram mortos em Khyber, informou o Exército em um comunicado.
As forças paquistanesas realizam uma grande ofensiva contra os talibãs e em outros redutos de militantes nas áreas tribais da fronteira afegã nos últimos seis meses.
Mas uma série de ataques recentes após a tragédia de Peshawar, onde estudantes e professores de uma escola para filhos de militares foram mortos, sugere que o Exército está intensificando sua campanha.
Após o atentado na escola de Peshawar, Raheel Sharif, chefe do Exército, declarou que o ataque renovou a determinação das forças "para lutar pela eliminação final dos militantes".
Na cidade de Karachi, no sul do país, um suposto comandante talibã local e três integrantes do grupo foram mortos nesta sexta-feira durante uma operação de Rangers paramilitares do governo.
"Os terroristas jogaram granadas e abriram fogo contra os Rangers quando eles cercaram seu esconderijo na colônia de Mushrraf em um ataque antes do amanhecer", declarou à AFP.
Sharif assinou sentenças de morte contra seis insurgentes condenados em tribunais militares na quinta-feira.
Não está claro quando as execuções serão realizadas, mas um funcionário de alto escalão da segurança informou que os seis criminosos podem ser enforcados "em alguns dias".