O funcionário do governo americano responsável por negociar com os países que recebem os detentos da prisão de Guantánamo renunciou ao cargo, anunciou o Departamento de Estado.
O secretário de Estado John Kerry informou que Cliff Sloan, o enviado especial de Washington responsável por fechar a prisão situada na base militar americana em Cuba, renunciou após uma difícil missão de 18 meses.
Mas o jornal New York Times, que cita um alto funcionário do governo, afirma Sloan estava frustrado porque apenas poucos detentos foram declarados passíveis de libertação pelo Pentágono.
Kerry prestou homenagem ao "caráter e ao compromisso" do enviado especial.
"Cliff negociou habilmente com nossos sócios estrangeiros e aliados, e devemos a ele em grande parte a libertação de 34 detentos, com outros a caminho", afirma em um comunicado.
O presidente americano Barack Obama prometeu fechar a prisão de Guantánamo, criada para abrigar suspeitos de terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001, antes de concluir seu mandato.
Dez detentos foram libertados recentemente, seis deles transferidos para o Uruguai e quatro enviados de volta para o Afeganistão. Atualmente a prisão de segurança máxima de Guantánamo abriga 132 homens.