Desde o fim da tarde desta quarta-feira (7), mais de mil pessoas de reúnem na Place de la République (Praça da República), em Paris, para homenagear os jornalistas do jornal satírico "Charlie Hebdo" mortos em um atentado terrorista realizado pela manhã.
A manifestação foi organizada por um conjunto de partidos de esquerda encabeçado pelo Partido Comunista Francês (PCF) e pela Frente de Esquerda, e ocorre pacificamente até o momento. Ao menos 12 pessoas morreram no atentado.
Os manifestantes exibem broches com a inscrição "o ser humano em primeiro lugar" e cartazes com a frase "eu sou Charlie". Eles também exibem mensagens em defesa da liberdade de imprensa e contra o extremismo político. Para o jornalista Quentin Pichon, o maior receio é a estigmatização dos árabes na França. "Não podemos deixar que uma comunidade numerosa e que vive bem na França seja igualada aos selvagens que invadiram o jornal", pondera.
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Para o professor Bruno Mer, o que aconteceu nesta quarta-feira é resultado de uma sociedade francesa excludente, que incita à radicalização. "Uma sociedade que não dá chances de integração vive sempre sob a ameaça de episódios assim", afirmou.
Por enquanto, não há previsão de marcha dos manifestantes a partir da Praça da República. Segundo Laurent Klajnbaum, diretor de comunicação do PCF e organizador da manifestação, por enquanto a polícia autorizou apenas a aglomeração na praça, um ponto central da capital francesa.