Atualizada às 08h52
O Irã condenou a publicação nesta quarta-feira de uma charge do profeta Maomé no último número da revista satírica francesa Charlie Hebdo, classificando-a de insultante e prejudicial "aos sentimentos dos muçulmanos".
"Condenamos o terrorismo em todo o mundo (...) mas ao mesmo tempo condenamos este gesto insultante da revista", afirmou a porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Marzieh Afkham, após a publicação do primeiro número da revista após o atentado da semana passada.
O desenho "fere os sentimentos dos muçulmanos" e pode "desencadear um novo círculo vicioso de terrorismo", acrescentou. "O abuso da liberdade de expressão, disseminado atualmente no Ocidente, não é aceitável e deve ser impedido", disse a porta-voz.
O presidente moderado iraniano, Hassan Rohani, condenou na semana passada a violência e o terrorismo e estimou que o atentado contra a revista provocará uma onda de islamofobia.
A publicação na capa de um desenho do profeta, com uma lágrima nos olhos e carregando um cartaz com a frase "Je suis Charlie", também foi criticada pela imprensa iraniana, que a considera insultante para os valores do Islã.