O presidente americano, Barack Obama, denunciou nesta terça-feira o ressurgimento de um "deplorável antissemitismo" em várias regiões do mundo e condenou os "estereótipos" contra os muçulmanos, durante seu discurso sobre o Estado da União.
Assinalando que os Estados Unidos respeitam a liberdade de expressão, Obama condenou o "deplorável antissemitismo que tem ressurgido em certas partes do mundo", e rejeitou igualmente os "estereótipos ofensivos sobre os muçulmanos". A maioria dos muçulmanos, destacou Obama, "compartilha nosso compromisso com a paz".
Os americanos "respeitam a dignidade humana, inclusive quando estão ameaçados", afirmou Obama, acrescentando que durante sua administração combateu "a tortura e trabalhou para garantir que o uso de novas tecnologias, como os drones, seja devidamente limitado".
É por essa visão do mundo que "meu governo defende a liberdade de expressão (...) e a libertação dos presos políticos, e condena a perseguição das mulheres, das minorias religiosas e de homossexuais, bissexuais e transsexuais".
Segundo Obama, seu governo faz isto "não apenas porque é correto, mas também porque reforça nossa segurança nacional". O presidente afirmou ainda que não cederá em sua determinação de concluir o fechamento da prisão na base militar de Guantánamo.
"Chegou a hora de concluir este trabalho. Não vou ceder em minha determinação de fechá-la. Não somos assim". "Não há sentido em gastar três milhões de dólares com cada prisioneiro para manter aberta uma prisão que o mundo condena e os terroristas utilizam para recrutar" novos combatentes.
Obama lembrou que desde sua chegada à Casa Branca, em 2008, "trabalhamos de forma responsável para reduzir a população de Guantánamo à metade, mas é necessário concluir isto". Os americanos têm "um compromisso profundo com a justiça".