O promotor do tribunal de Vaticano, Gian Piero Milano, denunciou um "aumento das práticas delitivas" no Estado, onde em 2014 foram registrados desde incidentes menores a casos graves de pornografia infantil.
Segundo Milano, o Estado do Vaticano passou de ser um pequeno enclave para se tornar um território cada vez mais permeável às influências da globalização, afirmaram neste domingo a agência I-media e a imprensa italiana.
O Vaticano tem 44 hectáres e cerca de 800 habitantes, uma população composta por cardenais, núncios, sacerdotes e guardas suíços.
Em 2014 foram registrados vários escândalos e o fiscal afirmou que foram abertas duas investigações por "posse de material pornográfico de menores". Um desses casos envolve o ex-núncio na República Dominicana Jozef Wesolowski, contra o qual o Vaticano iniciou em setembro um processo penal.
O funcionário também se referiu ao "inquietante aumento" da criminalidade financeira e da corrupção, depois que em 2014 o Vaticano abriu uma investigação por má administração de fundos contra dois altos funcionários do Instituto para Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano.
Milano também lamentou a "preocupante" alta dos delitos de tráfico de droga, pelos quais foram detidas seis pessoas.