Maduro ordena ocupação de rede de lojas acusada de 'guerra alimentar'

Esta ocupação ocorre num momento em que a escassez de alimentos e de todo tipo de produtos se intensifica e é comum ver filas intermináveis nas lojas
Da AFP
Publicado em 03/02/2015 às 8:55
Esta ocupação ocorre num momento em que a escassez de alimentos e de todo tipo de produtos se intensifica e é comum ver filas intermináveis nas lojas Foto: Foto: MIGUEL ANGULO / PRESIDENCIA / AFP


O presidente Nicolás Maduro ordenou na segunda-feira que uma rede de lojas de alimentos e de produtos domésticos com 36 sucursais, acusada por ele de fazer uma guerra alimentar, seja ocupada por autoridades governamentais na madrugada desta terça-feira.

"Dei ordens precisas ao vice-presidente de segurança e soberania alimentar (para que) estas lojas sejam ocupadas na madrugada (de terça-feira) e o serviço ao povo da Venezuela seja regularizado", disse Maduro na noite de segunda-feira.

O presidente não quis citar o nome da rede e limitou-se a apontar que é de caráter popular, com 36 lojas de produtos alimentícios e de higiene em setores populares de seis cidades do país.

Meios de comunicação locais afirmam que se trata da rede 'Día a Día'.

Também deu instruções para que "sejam detidos os diretores e donos desta empresa para que sejam investigados por envolvimento em uma guerra alimentar contra o povo".

Esta ocupação ocorre num momento em que a escassez de alimentos e de todo tipo de produtos se intensifica e é comum ver filas intermináveis, e por vezes tumultos, em estabelecimentos comerciais.

A ocupação será realizada, disse o presidente, "em fiel cumprimento da Constituição e da lei de segurança alimentar", mas não detalhou se as forças de ordem serão mobilizadas.

Maduro batizou a ocupação como "operação Sucre", já que coincide com o nascimento do herói independentista venezuelano Antonio José de Sucre, celebrado nesta terça-feira.

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