O referendo destinado a reforçar a proibição ao casamento homossexual, organizado no sábado (7) na Eslováquia, foi invalidado por falta de quórum, mas revelou uma profunda divisão da população sobre o tema.
Segundo os resultados quase completos, comunicados pelo Órgão Nacional de Estatística (SUSR), 21,40 dos 4,4 milhões de eleitores foram às urnas, quando o mínimo indispensável é 50%.
Mais de 90% daqueles que votaram se pronunciaram contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Os eslovacos deviam responder a três perguntas: sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sobre seu direito a adotar crianças e sobre o direito dos pais de negar que seus filhos assistam aulas de sexualidade e eutanásia.
Os movimentos partidários ao casamento homossexual convocaram os eleitores a boicotar o referendo, mesmo sendo inútil, uma vez que a Constituição já define o casamento como uma "união exclusiva entre um homem e uma mulher".
Apesar de o referendo não ter grande valor, a campanha revelou um ódio latente contra os homossexuais neste país da UE de 5,4 milhões de habitantes, dos quais mais de 80% são cristão e mais de 70% católicos.