Testemunha muda versão sobre o que viu na casa de promotor argentino

Natália foi convocada para testemunhar depois de dar entrevista ao jornal ''Clarín''
Folhapress
Publicado em 20/02/2015 às 22:45
Natália foi convocada para testemunhar depois de dar entrevista ao jornal ''Clarín'' Foto: Foto: JUAN MABROMATA /AFP


A testemunha que havia descrito que peritos e agentes comiam croissants e tomavam chimarrão no apartamento de Alberto Nisman, encontrado morto há pouco mais de um mês, voltou atrás em sua declaração, informou a promotoria nesta sexta (20).

Segundo comunicado de Viviana Fein, que investiga a morte de Nisman, Natalia Fernández "modificou" o relato do que presenciou naquela noite.

Ela foi convocada para testemunhar depois de dar entrevista ao jornal "Clarín" descrevendo o pouco cuidado dos agentes para proteger eventuais provas no apartamento de Nisman. Segundo Natália, havia cerca de 50 pessoas no local, que "mexiam em tudo", inclusive nos papéis em que o promotor trabalhava antes de morrer.

Outra revelação polêmica feita pela jovem é que a promotora Viviana Fein havia recolhido cinco cápsulas de bala, e não uma, como foi divulgado oficialmente. A promotora desmentiu a informação logo após a divulgação da entrevista de Natália.

No comunicado desta sexta, a promotora não detalha quais pontos foram modificados por Natália.

Segundo o jornal "La Nación", ela teria alterado a parte em que falava do número de cápsulas de bala encontradas, confirmando a versão da promotora.

Além disso, no novo depoimento, Natalia teria dito que os agentes não chegaram a comer medialunas [croissants] e, sim, que gostariam de comê-los.

Natália não chegou a dar entrevista na saída da promotoria nesta sexta. Antes do testemunho, porém, ela havia confirmado a versão publicada pelo "Clarín" em uma entrevista à rádio Mitre.

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