Pequim defendeu nesta quarta-feira a legalidade do cargueiro chinês detido na Colômbia, alegando que transportava "suprimentos militares comuns" para Cuba.
As explicações, feitas pelo ministério das Relações Exteriores chinês, foram dadas depois que as autoridades colombianas anunciaram que haviam detido o capitão do Da Dan Xia, registrado em Hong Kong, e que o processariam por tráfico de armas.
O barco, que está parado na Colômbia desde sábado, levava a bordo equipamento militar não declarado, incluindo 100 toneladas de pólvora, 99 bases de projéteis e 3.000 caixas com cartuchos de artilharia, disse à imprensa a porta-voz do procurador de Bogotá.
A documentação do navio "não concordava com o que realmente foi encontrado a bordo", afirmou o procurador, Luis González León. No entanto, a porta-voz do ministro das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, declarou que o barco operava dentro da lei chinesa e internacional.
"O navio levava suprimentos militares ordinários para Cuba; não havia materiais sensíveis a bordo", explicou em uma sessão informativa rotineira. "A cooperação não viola as leis e regulamentos chineses, e tampouco as obrigações internacionais com as quais a China está comprometida", afirmou.
A China é o quarto fornecedor de armamento mais importante do mundo, segundo o International Peace Research Institute de Estocolmo (SIPRI). Segundo Hua, a China "sempre pede às companhias que operam em águas internacionais que se submetam à legislação local".