Departamento de Estado nega pressão para esconder e-mails de Hillary

Provável candidata democrata à presidência dos EUA na corrida de 2016, Hillary se viu no meio de um vendaval político esta semana, com a revelação de que, em seus quatro anos à frente da diplomacia
Da AFP
Publicado em 07/03/2015 às 9:00


O Departamento de Estado americano anunciou nesta sexta-feira (6) que examinará os e-mails da conta pessoal de Hillary Clinton quando era secretária da pasta e negou ter sido alvo de qualquer tipo de pressão para omitir informações sensíveis contidas nessa correspondência eletrônica.

Provável candidata democrata à presidência dos EUA na corrida de 2016, Hillary se viu no meio de um vendaval político esta semana, com a revelação de que, em seus quatro anos à frente da diplomacia (2009-2013), nunca usou seu e-mail eletrônico oficial, preferindo o endereço pessoal.

A opção pode configurar uma violação das normas em vigor, levantando a questão da segurança e vulnerabilidade das comunicações confidenciais do governo americano.

Respondendo à pergunta de um jornalista, a porta-voz adjunta do Departamento de Estado Marie Harf negou que a Casa Branca, ou pessoas próximas à ex-primeira-dama, tenham exercido qualquer tipo de pressão para "fazer desaparecer" informações contidas nos e-mails - e que possam comprometer a candidatura democrata à presidência.

Criticada pelos republicanos, que condenam Hillary por não ter usado seu e-mail oficial (que termina em state.gov), a ex-secretária pediu, na quarta-feira, que suas mensagens sejam tornadas públicas.

"Estamos examinando seus e-mails para que possam ser divulgados", explicou Harf.

A medida segue as recomendações da Lei de Liberdade de Informação (Foia, na sigla em inglês).

Segundo o jornal "The New York Times", 50 mil e-mails de Hillary Clinton foram entregues recentemente ao Departamento de Estado. Os republicanos reclamam que não existe qualquer garantia de que todas as mensagens importantes tenham sido transmitidas para sua conservação.

A legislação americana obriga o envio de toda correspondência profissional de funcionários do governo para os Arquivos Nacionais, onde esse material é arquivado. Desde 2014, o mesmo passou a valer para comunicações enviadas do endereço pessoal.

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