ONU apela ao mundo para impedir destruição de locais históricos no Iraque

Militantes do Estado Islâmico já devastaram duas das mais antigas cidades do império assírio, assim como o Museu da Civilização de Mossul, um dos mais antigos do mundo
Da ABr
Publicado em 09/03/2015 às 8:34
Militantes do Estado Islâmico já devastaram duas das mais antigas cidades do império assírio, assim como o Museu da Civilização de Mossul, um dos mais antigos do mundo Foto: Foto: HUBERT DEBBASCH / AFP


O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, manifestou nesse domingo (8) a sua indignação com a destruição, pelo grupo extremista Estado Islâmico, de locais culturais históricos no Iraque e pediu ao mundo que ajude a impedir essas ações.

“O secretário-geral apela urgentemente à comunidade internacional para acabar com a hedionda ação terrorista e combater o tráfico de objetos culturais”, diz comunicado divulgado pelo seu porta-voz.

“A destruição deliberada da nossa herança cultural comum constitui crime de guerra”, afirmou, destacando que os que praticam esses atos devem ser responsabilizados.

Militantes do Estado Islâmico devastaram a antiga cidade assíria de Nimrud, um dos principais sítios arqueológicos do Iraque e uma das cidades mais importantes da antiga Mesopotâmia, assim como o Museu da Civilização de Mossul, visando também à milenar cidade de Hatra, no Norte do país.

Ban Ki-moon manifestou-se “ultrajado”, ao citar recentes informações sobre a destruição em Hatra, cujas ruínas, com cerca de 2.300 anos, classificadas como Património Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), foram destruídas pelo Estado Islâmico.

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