Justiça argentina nega pedido de interrogatório de acionistas do Clarín

O inquérito investiga suposta prática de extorsão dos acionistas desses jornais para comprar a empresa Papel Prensa, há 39 anos
Da Folhapress
Publicado em 12/03/2015 às 17:45
O inquérito investiga suposta prática de extorsão dos acionistas desses jornais para comprar a empresa Papel Prensa, há 39 anos Foto: Foto: Presidência da Argentina


A Justiça argentina rejeitou, nesta quinta-feira (12), o pedido para interrogar os acionistas e principais executivos dos grupos de comunicação "Clarín" e "La Nación". O pedido foi feito na quarta (11) pelo promotor Leonel Gómez Barbella, que assumiu o caso Papel Prensa no fim do ano passado.

O inquérito investiga suposta prática de extorsão dos acionistas desses jornais para comprar a empresa Papel Prensa, há 39 anos.

Os herdeiros do então proprietário da empresa afirmam que foram coagidos, pelo governo militar, a ceder o controle da fabricante de papel aos jornais.

Os grupos de comunicação negam a acusação e afirmam que o processo foi aberto por incentivo do governo de Cristina Kirchner, com o objetivo de intimidar a imprensa independente.

No despacho, o juiz Julián Ercolini afirma que, neste momento, estão sendo apurados os valores da operação de venda da empresa, para detectar se há procedência a acusação de que o valor pago pela Papel Prensa foi irrisório.

"Não existe motivo o bastante para suspeitar que os denunciados tenham participado dos delitos a que lhes atribuem", afirmou Ercolini.

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