Diretores do Google Ideas fazem uma visita exploratória a Cuba, onde têm percorrido centros universitários e conversado com estudantes de informática, noticiou nesta sexta-feira o portal de notícias Cubadebate.
"O mais relevante dos visitantes é Scott Carpenter, Diretor Adjunto do Google Ideas", relatou o portal, que indicou que a delegação visitou a Universidade de Ciências Informáticas (UCI), o Instituto Tecnológico José Antonio Echeverría e algumas salas públicas de computação, denominadas 'Joven Club'.
"No grupo de visitantes está Brett Pelmutter, um dos que acompanharam Eric Schmidt, presidente do Google, em sua visita a Cuba no verão passado (no hemisfério norte) e todos os demais pertencem à divisão do Google Ideas dirigida por Jared Cohen, que também esteve em Havana naquela ocasião, mas não desta vez", acrescentou.
Os dirigentes da gigante americana da internet visitam a ilha quase três meses depois de Estados Unidos e Cuba surpreenderem o mundo ao anunciar que restabeleceriam relações diplomáticas após meio século e que o presidente Barack Obama autorizou empresas de seu país a vender serviços de telecomunicações a Cuba, apesar de que o embargo continua vigente.
A ilha tem pouca cobertura de internet, com apenas 3,4% dos lares conectados em 2013, segundo a União Internacional de Telecomunicações. O governo comunista manteve um estrito controle na rede, mas em fevereiro prometeu "colocar a internet a serviço de todos" para estimular o desenvolvimento econômico.
"Não pode ser casual que os dois mais altos diretores confirmados em sua presença pertençam ao Google Ideas, a filial que se dedica a 'explorar como a tecnologia pode permitir às pessoas enfrentar ameaças geradas por conflitos, ameaças e repressões'; segundo reza a missão pública da entidade", destacou o Cubadebate.
"No intercâmbio dos executivos da Google na UCI veio à tona o fato de que no desbloqueio de produtos para Cuba como o Google Play, anunciado no fim do ano passado, há aplicativos ali ainda não disponíveis para a ilha", indicou o portal.
Ele acrescentou que "se falou, ainda, sobre se o Google estaria disposto, através do Google Play, a vender videogames para celulares desenvolvidos na UCI, coisa que os do Google disseram que não é possível por enquanto".