Torre Eiffel, Coliseu e Big Ben: todos no escuro pela Hora do Planeta

Ato de luta contra a mudança climática se estendeu à Acrópole de Atenas, ao Castelo de Edimburgo, ao Coliseu romano, aos arranha-céus de Frankfurt e à Praça dos Heróis de Budapeste
Da AFP
Publicado em 29/03/2015 às 8:42
Ato de luta contra a mudança climática se estendeu à Acrópole de Atenas, ao Castelo de Edimburgo, ao Coliseu romano, aos arranha-céus de Frankfurt e à Praça dos Heróis de Budapeste Foto: Foto: JACQUES DEMARTHON / AFP


Depois da Ásia, foi a vez de a Europa se unir à campanha "Hora do Planeta", neste sábado, com o apagão de seus mais emblemáticos monumentos, como a Torre Eiffel, em Paris, ou o Coliseu, em Roma, para marcar a luta contra a mudança climática.

Às 19h30 GMT (16h30 em Brasília), o símbolo mais conhecido da capital francesa deixou de brilhar e ficou às escuras. Por questões de segurança, porém, foram apenas cinco minutos.

Outros 300 monumentos parisienses apagaram as luzes neste sábado à noite, aderindo ao evento "Hora do Planeta", organizado pelo nono ano pela ONG Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês).

"Salvem o nosso clima agora!": a frase foi escrita com velas em sacolas de papel, em Berlim, perto do Portão de Brandemburgo.

Em Madri, enquanto as luzes se apagavam nos jardins do Palácio do Oriente, o Palácio Real de Madri, ciclistas pedalavam para dar luz a um globo terrestre gigante.

O apagão também chegou à Rússia, onde o Kremlin, em Moscou, e o Museu do Hermitage, em São Petersburgo, ficaram às escuras. O movimento se estendeu à Acrópole de Atenas, ao Castelo de Edimburgo, ao Coliseu romano, aos arranha-céus de Frankfurt e à Praça dos Heróis de Budapeste.

O Big Ben e o Parlamento britânico apagaram as luzes, em Londres, e o herdeiro do trono na Grã-Bretanha divulgou uma mensagem de vídeo. "Esta é uma lembrança simbólica e poderosa de que todos juntos podemos mudar as coisas", afirmou o príncipe Charles.

Consciência e compromisso político

Assim como aconteceu nas edições anteriores, a WWF convidou cidadãos, governos e empresas de todo o mundo a aderirem ao apagão de uma hora.

Mais do que apenas poupar energia em um momento específico, a ONG espera agora sensibilizar governos e populações de todo o mundo para a necessidade de usar fontes de energia sustentável e obter compromissos políticos para conter o aquecimento global.

A Hora do Planeta começou na Austrália às 20h30 (6h30 em Brasília). Depois, vieram os arranha-céus de Hong Kong, a Torre Taipei 101, em Taiwan, e as torres gêmeas Petronas, em Kuala Lumpur.

O evento ocorre antes de uma importante reunião política em dezembro, em Paris, que tem como objetivo chegar a um acordo para reduzir as emissões de CO2 e dias antes do término do prazo para todas as partes apresentarem seus compromissos.

A "Hora do Planeta", que começou como uma pequena demonstração simbólica em Sydney, em 2007, tornou-se um fenômeno global rapidamente.

O slogan deste ano é "use seu poder para mudar a mudança climática", que deu origem a inúmeras iniciativas em diferentes lugares, como uma festa de dança Zumba com trajes que brilham no escuro nas Filipinas, ou jantar à luz de velas em restaurantes de Londres e até uma pista de dança com o seu próprio gerador sob a Torre Eiffel.

De acordo com Mike Berners-Lee, um consultor privado especialista em energia, a Hora do Planeta é uma maneira muito eficaz de enviar uma mensagem e dizer que as pessoas "realmente se importam com o sucesso da reunião de Paris".

O WWF estima que, no ano passado, cerca de nove milhões de pessoas de 162 países tenham participado da iniciativa.

TAGS
energia Torre Eiffel mudanças climáticas hora do planeta
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory