A União Europeia (UE) indicou nesta quinta-feira (16) que o ataque das Farc no oeste da Colômbia, no qual morreram onze militares e dois guerrilheiros, é um "obstáculo à reconciliação" e pediu-lhes novamente que rejeitem a violência.
"O ataque (...) das Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] é um sério obstáculo no caminho para uma muito necessitada reconciliação" na Colômbia, indicou a UE em um comunicado.
"O conflito já cobrou vidas demais e causou sofrimentos incalculáveis", acrescentou.
"O impulso gerado pelos valiosos passos dos últimos meses para desescalar o conflito não se deve perder. A UE reitera seu apelo às Farc para que renuncie à violência e demonstre um claro compromisso pela paz [tanto] nos atos quanto nas palavras", emendou.
A UE pede, ainda, que as duas partes "redobrem seus esforços para superar as diferenças que restam".
Onze militares colombianos morreram e outros vinte ficaram feridos em um ataque lançado à meia-noite de terça-feira pelas Farc na localidade de La Esperanza, no departamento (estado) do Cauca (oeste), reduto do principal grupo rebelde colombiano.
Este ataque é um dos mais mortais desde que começaram as conversações de paz entre o governo colombiano e esta guerrilha em Cuba.
O ataque levou o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, a autorizar a retomada dos bombardeios contra os acampamentos das Farc, enquanto, em Cuba, a guerrilha manifestou sua "preocupação" com o ocorrido, reivindicando novamente uma trégua entre as duas partes.
O procurador-geral da Colômbia, Eduardo Montealegre, considerou a "emboscada" das Farc "um crime de guerra".