Dois médicos sírios pediram nesta sexta-feira (17) a diplomatas russos nas Nações Unidas que pressionem o presidente Bashar al-Assad para permitir a entrada de suprimentos médicos numa cidade sitiada perto de Damasco.
A reunião aconteceu um dia depois que o Conselho de Segurança ouviu um relatório detalhado feito pelos dois médicos sobre o tratamento de vítimas de ataques químicos no mês passado na província de Idlib.
O médico Zaher Sahloul disse aos diplomatas que uma uma dúzia de pessoas morreram de insuficiência renal na cidade sitiada de Douma, porque eles não tinham acesso a um fluido de diálise e outros 23 correm o mesmo risco se não receberem ajuda médica.
"O líquido de diálise está bloqueado. Pedimos a ajuda russa para deixá-lo entrar", disse Sahloul à AFP, após a reunião de uma hora.
A Rússia, aliada de Assad, votou a favor de uma resolução no ano passado que pede acesso à ajuda humanitária e programou a entrega de um comboio de ajuda, sem o consentimento de Damasco.
Sahloul, que lidera Sociedade Americana de Medicina Síria, informou que os diplomatas russos disseram que iriam tentar ajudar a desbloquear a ajuda.
Na próxima semana, o Conselho de Segurança vai ouvir um novo relatório sobre a crise humanitária na Síria. Cercade 440 mil sírios estão presos em áreas sitiadas, disse no mês passado a chefe de ajuda humanitária Valerie Amos.
A ONU luta para levar ajuda a mais de 12 milhões de sírios que precisam de alimentos.