Indonésia anuncia ter dado ordem de preparar execuções de condenados estrangeiros

Até o momento não foi divulgada a data das execuções dos condenados, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos
Da AFP
Publicado em 23/04/2015 às 16:26
Até o momento não foi divulgada a data das execuções dos condenados, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos Foto: Foto: PRESIDENTIAL PALACE / AFP


O governo da Indonésia anunciou nesta quinta-feira (23) ter dado a ordem de preparar as execuções de dez condenados por tráfico de drogas, entre eles um brasileiro e um francês.

"A ordem para iniciar estes preparativos já foi dada", declarou à AFP o porta-voz da promotoria, Tony Spontana.

Até o momento não foi divulgada a data das execuções dos condenados, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, e o francês Serge Atlaoui, de 51 anos.

Um pelotão de fuzilamento executará os 10 condenados ao mesmo tempo.

Os detidos devem receber até 72 horas antes um aviso indicando a data da execução, o que ainda não aconteceu, segundo Spontana.

As autoridades esperam agora que o Supremo Tribunal se pronuncie sobre um recurso apresentado por um dos condenados, de acordo com o porta-voz do Ministério Público. O Tribunal de Justiça já rejeitou os apelos de Atlaoui e Martin Anderson, um cidadão de Gana.

No dia 6 de abril, a justiça indonésia já havia rejeitado a apelação de dois australianos condenados à morte por narcotráfico, abrindo caminho para sua execução junto a outros nove condenados estrangeiros.

O próprio brasileiro Rodrigo Gularte havia apresentado um pedido de indulto ao presidente indonésio, que também foi negado.

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, pediu na terça-feira à Indonésia um gesto de clemência em relação ao cidadão francês no corredor da morte. Já a esposa de Serge Atlaoui solicitou ao presidente indonésio que indulte seu marido.

Em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff negou-se a aceitar as cartas credenciais do novo embaixador da Indonésia devido à execução por fuzilamento do também brasileiro Marco Archer, em 18 de janeiro.

Quando questionada sobre o assunto pela AFP, a ministra das Relações Exteriores da Indonésia, Retno Marsudi, ressaltou "a urgência da situação causada por crimes relacionados com a droga" no seu país.

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