O governo dos EUA decidiu acentuar a pressão sobre os países do sudeste asiático para que acolham aos milhares de imigrantes que estão à deriva no mar, cujas condições pioram dramaticamente.
O secretário de Estado americano, Jonh Kerry, conversou com seu homólogo tailandês para que o país asiático ofereça refúgio temporário aos imigrantes.
"Insistimos com os governos da região para que não expulsem os novos barcos que chegam", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jeff Rathke, em referência à política adotada pelos países da região.
O órgão fez um chamado aos governos para "trabalhar juntos rapidamente para salvar a vida dos imigrantes", a maioria vindos de Bangladesh e rohingyas, uma minoria muçulmana perseguida em Mianmar.
O premiê tailandês, o general Prayuth Chan-ocha, disse na quinta (14) que seu país não tem recursos para receber os refugiados. "Se aceitarmos todos, todo mundo que quiser vir o fará livremente. Pergunto se a Tailândia poderia cuidar de todos eles. De onde viria o orçamento?", indagou.
O êxodo ocorre há vários anos na região, mas adquiriu caráter catastrófico nos últimos dias, quando a Tailândia iniciou uma nova política repressiva e passou a barrar barcos de imigrantes que circulam por suas águas territoriais.
Sem poder entrar no país, os traficantes abandonaram em alto mar cerca de 8.000 pessoas, que enfrentam falta de água e de comida em barcos precários.