Ebola provocará aumento da mortalidade materna, adverte BM

No total, 4.022 mulheres correm o risco de morrer anualmente na Guiné, Libéria e Serra Leoa apenas por causa do legado da epidemia de Ebola: 11 mil óbitos, incluindo numerosos médicos e enfermeiros
Do JC Online
Publicado em 08/07/2015 às 22:46
No total, 4.022 mulheres correm o risco de morrer anualmente na Guiné, Libéria e Serra Leoa apenas por causa do legado da epidemia de Ebola: 11 mil óbitos, incluindo numerosos médicos e enfermeiros Foto: Foto: Martine Perret/ UN


O falecimento do pessoal de saúde durante a epidemia de Ebola provocará um aumento da mortalidade materna durante a gravidez e o parto nos três países africanos afetados pela epidemia, adverte um relatório do Banco Mundial publicado nesta quarta-feira.

No total, 4.022 mulheres correm o risco de morrer anualmente na Guiné, Libéria e Serra Leoa apenas por causa do legado da epidemia de Ebola: 11 mil óbitos, incluindo numerosos médicos e enfermeiros.

Na Libéria, por exemplo, a epidemia matou 0,1% da população, mas 8% do pessoal de saúde, destaca o relatório, que defende o recrutamento "imediato" de 240 médicos e enfermeiros.

"A perda de pessoal de saúde ligada ao Ebola pode elevar a taxas de mortalidade materna aos níveis experimentados nestes países há 15 ou 20 anos", disse Markus Goldstein, um dos autores do trabalho publicado na revista científica The Lancet.

A mortalidade de mulheres durante a gravidez ou no parto poderá aumentar 111% na Libéria, 74% em Serra Leoa e 38% na Guiné, apesar do fim da epidemia de Ebola nos três países.

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