Imagens de satélite mostram templo destruído pelo Estado Islâmico na Síria

O santuário romano construído no ano 32 d.C. foi destruído pelo Estado Islâmico em uma explosão no fim de semana
Da Folhapress
Publicado em 31/08/2015 às 21:52
O santuário romano construído no ano 32 d.C. foi destruído pelo Estado Islâmico em uma explosão no fim de semana Foto: Foto: AFP


Imagens feitas por um satélite divulgadas nesta segunda-feira (31) pelo Instituto da ONU para Formação Profissional e Investigações (Unitar) confirmaram a destruição do principal prédio do templo de Bel, na cidade síria de Palmira.

O santuário romano construído no ano 32 d.C. foi destruído pelo Estado Islâmico em uma explosão no fim de semana, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. O regime sírio não havia confirmado a destruição do templo.

A Unitar compara imagens aéreas do templo de Bel da última quinta (27) e desta segunda. Nelas, é possível ver que sobrou apenas o portal do principal prédio do santuário, assim como parte das ruínas em sua lateral.

Antes da divulgação das imagens, o diretor do Departamento de Antiguidades e Museus, Maamoum Abdulkarim, disse que o regime sírio ainda não tinha conseguido chegar à região para verificar a destruição.

Por outro lado, ativistas e moradores da região diziam que a explosão havia provocado sérios danos ao templo, mas que não podiam chegar perto devido à presença de soldados do Estado Islâmico.

A milícia não fez reivindicação oficial da destruição do templo. A agência de notícias Associated Press disse ter ouvido extremistas que confirmaram a explosão em Palmira, mas sem dar detalhes sobre a destruição.

DOMÍNIO

Esta é a segunda construção tombada pela Unesco destruída desde que a milícia radical dominou Palmira, em maio. Na época, o Estado Islâmico negou que tivesse a intenção de destruir as relíquias históricas da cidade.

A promessa foi quebrada em 25 de agosto, quando foi explodido o templo semítico de Baalshamin, feito pelos assírios em 17 d.C.. Dias antes, os extremistas decapitaram Khaled al-Assad, principal arqueólogo de Palmira.

A comunidade internacional teme que a milícia radical destrua os tesouros arqueológicos, assim como feito em Mossul, no Iraque. Para os extremistas, as ruínas devem ser destruídas por representarem uma forma de idolatria.

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