Os gays católicos dos Estados Unidos convidaram nesta terça-feira (22) o papa Francisco para conhecer pessoalmente sua comunidade, aproveitando a visita do pontífice a este país.
Francisco deixou claro que quer que a Igreja tenha uma atitude mais inclusiva com os fiéis que, segundo os critérios católicos, têm estilos de vida "irregulares" como os gays e os divorciados.
As organizações Dignity USA e Human Rights Campaign, que defendem os direitos dos gays, lésbicas, transexuais e bissexuais, esperam que a Igreja dê um passo adiante para a inclusão.
"Nós o convidamos, Santo Papa, assim como disse Jesus a seus primeiros discípulos, a 'vir e ver'", escreveu Jeff Vomund, da filial de Washington do movimento, em uma carta aberta publicada no Washington Post.
Vomund pediu a Francisco e ao clero católico local a "conhecer a força do amor que sobrevive apesar das ridicularizações e da rejeição cultural".
Ele ofereceu ao papa a oportunidade de "conhecer pessoalmente casais que estiveram unidos por décadas, rezando e respeitando a vontade de Deus".
A doutrina católica mais rígida considera que a homossexualidade é um distúrbio, embora não seja um pecado até que se tenha consumado uma relação gay. Além disso, sob nenhuma circunstância o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo é reconhecido.
O papa Francisco chegou nesta terça-feira a Washington para inciar uma visita de seis dias aos Estados Unidos, na qual se reunirá com o presidente Barack Obama, falará diante do Congresso e pronunciará um discurso diante da Assembleia Geral da ONU.