A Volkswagen começará demissões de responsáveis pela fraude em testes de emissões de poluentes nos Estados Unidos e promover mudanças na administração na sexta-feira (25), disseram duas fontes familiarizadas com o plano à agência de notícias Reuters, enquanto a montadora alemã busca enfrentar o maior escândalo de sua história de 78 anos.
O conselho supervisor da maior montadora europeia se reunirá na sexta-feira para decidir sobre um sucessor para o presidente-executivo Martin Winterkorn, que renunciou na quarta-feira (23) afirmando que não sabia sobre a fraude.
As fontes disseram que seriam apresentadas descobertas iniciais de uma investigação interna sobre quem foi responsável por programar alguns carros a diesel para detectar quando estavam sendo submetidos a testes e alterar o funcionamento dos motores para ocultar suas reais emissões de poluentes.
Executivos seniores também podem ser substituídos, mesmo no caso de não terem tido conhecimento sobre a fraude. O chefe nos EUA, Michael Horn, e o chefe de vendas do grupo, Christian Klingler, são vistos como possíveis alvos dos cortes.
As ações da Volkswagen despencaram cerca de 20% desde que reguladores norte-americanos afirmaram, na sexta-feira, que a companhia poderia receber até US$ 18 bilhões em penalidades por fraudar testes de emissões de poluentes.
A companhia disse na terça-feira que 11 milhões de seus carros foram globalmente equipados com motores a diesel que mostraram um "desvio notável" nos níveis de emissões entre os testes e o uso em estradas. Reguladores na Europa, Ásia e no México disseram que também investigarão o caso.