O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, anunciou nesta sexta-feira (25) sua intenção de fechar a fronteira entre a Hungria e a Croácia para os milhares de migrantes que atravessam a fronteira todos os dias em direção à Europa Ocidental.
"O fluxo de migrantes não vai reduzir (...), queremos evitar que as pessoas passem", declarou em uma coletiva de imprensa em Viena, depois de se reunir com o chanceler austríaco, Werner Faymann.
A Hungria, que instalou uma cerca de arame farpado de 175 km ao longo da fronteira com a Sérvia para impedir a chegada de migrantes, começou a fechar os 41 km de sua fronteira verde que não é delimitada pelo rio Drava com a Croácia.
"A instalação de uma proteção da fronteira com a Sérvia alcançou nossos objetivos. Temos de fazer o mesmo na fronteira com a Croácia", disse o primeiro-ministro húngaro.
No entanto, Orban indicou que tinha a intenção de buscar o apoio do maior número de parceiros internacionais antes de tomar tal medida.
"A experiência com a fronteira com a Sérvia mostra que temos de ganhar apoio antes de fechar a fronteira", disse ele.
O primeiro-ministro explicou que quer se reunir com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na próxima semana em Nova York, e com líderes de "outros países".
O fechamento da fronteira com a Sérvia provocou fortes críticas de vários Estados, e as imagens de refugiados presos na cerca rodaram o mundo.
O líder húngaro considerou que "não há melhor solução", embora não impeça os migrantes de entrar na Europa pela fronteira greco-turca.
Na quarta-feira ele viajou à Baviera, no sul da Alemanha, onde ganhou o apoio de líderes da CSU, os aliados bávaros da chanceler alemã, Angela Merkel.
Mais de 250.000 migrantes transitaram através da Hungria desde o início de 2015, antes de continuar sua viagem para a Europa Ocidental.