Três feridos em ataque suicida talibã contra comboio da Otan em Cabuk

Ministério do Interior condenou nos termos mais enérgicos o ataque suicida
Da AFP
Publicado em 11/10/2015 às 8:52
Ministério do Interior condenou nos termos mais enérgicos o ataque suicida Foto: Foto: Noorullah Shirzada / AFP


Ao menos três civis, entre eles uma criança, ficaram feridos em um atentado suicida lançado neste domingo pelos talibãs contra um comboio da Otan no centro de Cabul, indicou um comunicado do ministério do Interior. "O ministério do Interior condena nos termos mais enérgicos o ataque suicida que deixou três civis feridos", disse o comunicado. Um suicida ao volante de um carro-bomba detonou seus explosivos quando o comboio da Otan passava, indicaram as fontes.

"A explosão ocorreu no setor de Joy Shir, em Cabul. Foi um atentado suicida contra um comboio das forças estrangeiras", declarou à AFP o porta-voz da polícia, Ebadullah Karimi. Um fotógrafo da AFP viu vários veículos destruídos no local, de onde emanava uma espessa coluna de fumaça.

A Otan confirmou que um de seus comboios foi atacado, mas disse que a Aliança seguia reunindo informações sobre o ocorrido. Os talibãs reivindicaram o atentado: "Um comboio das forças estrangeiras foi alvo de um ataque mártir por um de nossos mujahedines na zona de Joy Shir, em Cabul. Dois de seus veículos ficaram danificados e todos os ocupantes morreram", disse à AFP o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid.

Os talibãs tendem a exagerar o número de vítimas que seus atentados causam. Os insurgentes intensificaram seus ataques no Afeganistão nos últimos meses. No fim de setembro, tomaram por alguns dias a cidade estratégica de Kunduz (norte), sua vitória mais espetacular desde que foram derrotados em 2001 por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

Em algumas horas conseguiram se apoderar da cidade, colocando em evidência as debilidades do exército afegão, sozinho na linha de frente desde que a Otan colocou fim a sua missão de combate, no final de 2014. Treze mil soldados estrangeiros, em sua maioria americanos, permanecem no país basicamente para formar as tropas afegãs.

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