As Forças Armadas da França afirmam ter destruído 35 alvos do Estado Islâmico na Síria desde os ataques terroristas que deixaram 129 mortos e 368 feridos na semana passada em Paris. O coronel Gilles Jaron, porta-voz militar, disse nesta quinta-feira (19) que aviões franceses jogaram 60 bombas em seis locais, todos centros de comando ou treinamento do grupo extremista.
Ele afirmou ainda que os bombardeios visam enfraquecer e desorganizador o Estado Islâmico. A França, que integra uma coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo, aumentou significativamente seus ataques aéreos na Síria depois dos atentados em Paris. O porta-aviões nuclear Charles de Gaulle partiu nesta quarta-feira (18) para a costa mediterrânea oriental, triplicando o contingente militar francês destacado no confronto contra os extremistas.
BALANÇO
Balanço divulgado na quarta-feira (18), o aponta que ao menos 33 membros do Estado Islâmico morreram, em três dias, devido aos bombardeios aéreos conduzidos pela França e Rússia na região de Raqqa, declarada a capital do grupo na Síria.
A informação é do Observatório Sírio de Direitos Humanos, entidade sediada em Londres que faz oposição ao regime do ditador Bashar al-Assad e monitora a guerra civil no país.
O observatório afirma ainda que dezenas de membros do EI, a maioria deles não sírios, começaram a deixar Raqqa em direção à cidade de al-Mosel, no Iraque, por considerarem que o local não é mais seguro.
O Estado Islâmico também sofreu baixas nesta quinta, de acordo com a entidade. Ao menos oito membros foram mortos em confrontos com forças do regime de Assad e milicianos aliados.
Os confrontos ocorreram na zona rural de Homs e acabaram levando a retomada do controle da localidade de al-Hadath pelas forças do regime de Assad.
Segundo a entidade, Assad vem ganhando posições na área. Também ocorreram confrontos com militantes do EI em uma estrada entre as áreas de al-Hwarin e al-Hadath.