Após chegada de ajuda humanitária, cerca de 300 sírios deixam cidade sitiada

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) relatou que pelo menos 28 pessoas morreram de fome em Madaya, desde 1º de dezembro
Da ABr
Publicado em 12/01/2016 às 7:54
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) relatou que pelo menos 28 pessoas morreram de fome em Madaya, desde 1º de dezembro Foto: Foto: Divulgação/Cruz Vermelha


Pelo menos 300 pessoas foram retiradas hoje da cidade síria de Madaya, a noroeste de Damasco, sitiada pelo Exército e pelo grupo xiita libanês Hezbolah, informou nesta terça-feira (12) o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman.

Segundo Abderrahman, há mais de 400 pessoas doentes que precisam receber tratamento urgente e que aguardam para serem retiradas em breve. A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nessa segunda-feira (11)  à noite que centenas pessoas deveriam ser retiradas de Madaya para não morrerem.

Um comboio de ajuda humanitária chegou na segunda-feira (11) à cidade, que está sitiada há seis meses por forças pró-governamentais, em uma operação coordenada pelo Crescente Vermelho sírio e pela Cruz Vermelha. Relatos sobre casos de sírios passando fome em Madaya provocaram clamor internacional e obrigaram o regime sírio a autorizar o acesso à localidade.

Durante uma visista a um hospital em Madaya, os volunários de agências humanitárias encontraram 400 sírios passando fome, com desnutrição e outros problemas de saúde, disse o chefe para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Stephen O’Brien, após reunião do Conselho de Segurança, confirmando a urgência de retirar cerca de 400 sírios que correm perigo de vida.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) relatou que pelo menos 28 pessoas morreram de fome em Madaya, desde 1º de dezembro.

Segundo O'Brien, além de garantias por parte do Governo sírio para que o local possa ser evacuado em segurança – seja por terra ou por ar – são necessárias também garantias das “outras partes” envolvidas no conflito.

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