O presidente dos EUA, Barack Obama, faz na noite desta terça-feira (12) seu último discurso sobre o Estado da União no Congresso, às 21h do horário local (meia-noite, de Brasília). Espera-se que o último discurso anual de seu mandato não seja "tradicional" no conteúdo e nem no formato.
Esta será a última oportunidade de alto perfil de Obama de falar com o público antes do início das assembleias populares de Iowa, que abrem o processo de eleições primárias, no dia 1º de fevereiro.
Em um vídeo divulgado na semana passada, Obama antecipou que seu último discurso sobre o Estado da União será mais direcionado aos norte-americanos em geral do que ao Congresso, porque seu desejo é falar à nação sobre "grandes temas" pendentes que garantirão um país "melhor, mais forte e mais próspero para as futuras gerações".
Ontem, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que o presidente dos EUA irá focar seu discurso nas "oportunidades e desafios que o país enfrenta" e ressaltar que a decisão que for escolhida agora terá "um impacto significativo nas futuras gerações de americanos".
Obama não deve apelar diretamente para os norte-americanos manterem o Partido Democrata na Casa Branca para um terceiro mandato consecutivo. No entanto, o presidente falará sobre as conquistas alcançadas durante o seu mandato, que termina em janeiro de 2017, dizendo que a melhor forma de preservar o que foi conquistado é escolher outro democrata nas eleições de novembro.
Entre os grandes feitos, é provável que Obama cite a recuperação econômica, que tem sido impulsionada por uma grande queda no desemprego - atualmente em 5,0% - e pela melhora da indústria automobilística. Além disso, espera-se que Obama ressalte suas medidas contra a mudança climática, além de ações de política externa, como, por exemplo, o acordo nuclear com o Irã e a aproximação com Cuba.
Já sobre as questões que ainda faltam ser debatidas, Obama deve ressaltar a necessidade de um maior controle das armas de fogo, um tema prioritário neste fim de mandato, e reiterar sua vontade de fechar a prisão de Guantánamo.