A China advertiu nesta sexta-feira (15) que, independentemente do resultado das eleições presidenciais, previstas para este sábado em Taiwan, a ilha continuará a ser uma província chinesa, reafirmando, assim, o princípio de "uma só China".
"Sempre defenderemos a política de uma só China e somos contra a independência de Taiwan (…) Não importa as alterações que possam ocorrer em Taiwan, a nossa postura será sempre a mesma", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hong Lei.
As sondagens dão como favorito à vitória o Partido Democrático Progressista (PDP), pró-independência, e que governou entre 2000 e 2008, período em que as relações entre Taipei e Pequim se tornaram tensas.
Após o regresso ao poder do KMT, há sete anos, as relações melhoraram numa aproximação vista com desconfiança pela opinião pública de Taiwan.
Depois que a guerra civil chinesa terminou, com a vitória do Partido Comunista da China (PCC), o antigo governo nacionalista (Kuomintang) se refugiou na ilha de Taiwan, onde continua se identificando como governante de toda a China.
Do ponto de vista da diplomacia internacional, passaram a existir a República Popular da China, governada pelo PCC, e a República da China, dirigida pelos nacionalistas, mas ambos os lados rejeitaram sempre uma divisão definitiva.
Pequim defende a "reunificação pacífica" com Taiwan segundo o mesmo modelo adotado em Macau e Hong Kong ("um país, dois sistemas"), mas admite "usar a força" se a ilha declarar a independência.