Comissão Europeia espera um acordo com o Reino Unido e estabilidade na Espanha

Cameron pede ainda a mudança da legislação europeia para poder retirar as ajudas sociais aos migrantes
Da AFP
Publicado em 15/01/2016 às 8:34
Cameron pede ainda a mudança da legislação europeia para poder retirar as ajudas sociais aos migrantes Foto: Foto: AFP


O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, falou nesta sexta-feira (15) de sua expectativa de que os membros da União Europeia (UE) alcancem, até a cúpula de fevereiro, um acordo sobre as reformas solicitadas pelo Reino, antes de um referendo sobre sua permanência no bloco.

"Estou quase seguro de que teremos um acordo, não um compromisso, uma solução permanente", afirmou Juncker em coletiva de imprensa. A UE espera chegar a um acordo sobre as reformas no funcionamento do bloco reclamadas pelo primeiro-ministro britânico David Cameron na cúpula de chefes de Estado e de Governo de 18 e 19 de fevereiro. "Os temas abordados pelo premier britânicos são todos difíceis", acrescentou.

Com um referendo previsto para antes do final de 2017, Cameron pediu reformas à UE para que sejam protegidos os direitos dos países do bloco que não usam o euro, que o Reino Unido fique de fora dos passos seguintes para uma maior integração europeia e que se potencialize a concorrência do mercado único. Mas Cameron pede, além disso, a mudança da legislação europeia para poder retirar as ajudas sociais aos migrantes. A respeito da Espanha, Juncker pediu que Madri procure formar um governo estável.

"Gostaria que a Espanha se dotasse o mais rápido possível, já que é membro da zona euro, de um governo estável", afirmou, ao comentar as dificuldades de Madri para formar um governo por causa do Congresso fragmentado desde as eleições de dezembro.

O presidente da Comissão Europeia, no entanto, não se pronunciou sobre a formação do governo espanhol ou as ambições separatistas da Catalunha, alegando não poder interferir em assuntos internos. As eleições de 20 de dezembro acabaram com o histórico bipartidarismo na Espanha, dando lugar a um Parlamento fragmentado, em que nenhuma das forças políticas tem a maioria necessária para constituir um governo.

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