Governo e Farc pedem à ONU para supervisionar fim do conflito colombiano

O fim do conflito e implementação do referendamento dos acordos são os dois pontos que falta concluir na agenda de seis
Da AFP
Publicado em 19/01/2016 às 22:37
O fim do conflito e implementação do referendamento dos acordos são os dois pontos que falta concluir na agenda de seis Foto: Foto: HO PRESIDENCIA/ AFP


Uma missão política da ONU vai verificar o desarmamento da guerrilha e o cessar-fogo definitivo na Colômbia uma vez que as Farc e o governo de Juan Manuel Santos cheguem a um acordo para por fim ao conflito, segundo pedido das partes, feito nesta terça-feira, em Havana.

"Acordamos que este componente internacional será uma missão política da ONU, integrada por observadores de países-membros da CELAC (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos)", destacaram as duas partes em um comunicado conjunto.

Segundo o texto, será formada uma entidade tripartite entre governo, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e a missão da ONU, que presidirá e coordenará o mecanismo em todas as suas instâncias, dirimirá controvérsias, fará recomendações e apresentará informes.

Esta missão internacional "iniciará seus trabalhos assim que tiver chegado a este acordo. Com relação à deposição das armas, o mesmo componente internacional a verificará nos termos e com as devidas garantias que serão estabelecidos nos protocolos do acordo", acrescentou.

"Os observadores internacionais gozarão de plenas garantias de segurança", disseram as partes que, desde novembro de 2012, negociam em Havana o fim do conflito armado de mais de meio século na Colômbia.

Santos destacou que a missão de paz não terá capacetes azuis armados no território colombiano.

"É preciso deixar claro que trata-se de observadores desarmados e não de uma missão de manutenção da paz de capacetes azuis", disse o presidente em relação à missão que supervisionará a entrega de armas e o encerramento definitivo do conflito.

O fim do conflito e implementação do referendamento dos acordos são os dois pontos que falta concluir na agenda de seis, acordada entre as duas partes no início das negociações.

Já foram acordadas a questão agrária, o cultivo e tráfico de drogas ilegais, a participação política dos guerrilheiros e a indenização das vítimas.

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