Japão anuncia novas sanções contra a Coreia do Norte após lançamento de foguete

As sanções incluem restrições às viagens entre os dois países e uma proibição total de visitas de navios
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 10/02/2016 às 10:32
As sanções incluem restrições às viagens entre os dois países e uma proibição total de visitas de navios Foto: Foto: Guga Matos/JC Imagem


O governo do Japão anunciou nesta quarta-feira (10) novas sanções contra a Coreia do Norte em resposta ao lançamento de um foguete visto como um teste de tecnologia de mísseis.

As sanções incluem restrições às viagens entre os dois países e uma proibição total de visitas de navios norte-coreanos para portos japoneses, disse o chefe de gabinete, Yoshihide Suga, em entrevista coletiva.

A proibição de entrar nos portos se estende a qualquer navio estrangeiro que irá ao Japão depois de visitar a Coreia do Norte A proibição de viagem também será ampliada para incluir qualquer estrangeiro com experiência nuclear e em mísseis que visite a Coreia do Norte. Além disso, todo o dinheiro transferido, exceto para aqueles abaixo de 100 mil ienes (US$ 880) para propósitos humanitários, será banido.

"Apesar dos nossos repetidos pedidos para parar com os testes nucleares e com o desenvolvimento de mísseis, a Coreia do Norte avançou com o lançamento. Ele tem um impacto direto sobre o Japão e temos que mostrar a nossa forte determinação", disse Suga.

O chefe de gabinete disse, no entanto, que o Japão vai manter uma porta aberta para o diálogo para resolver a questão ainda pendente de cidadãos japoneses que foram sequestrados pela Coreia do Norte décadas atrás.

Suga disse que as sanções seriam aprovadas pelo Conselho de Ministros depois e também requerem alterações legislativas no Parlamento.

Em 2014, o Japão aliviou algumas sanções anteriores sobre a Coreia do Norte em troca da seu comprometimento de investigar novamente o destino dos japoneses sequestrados.

A Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance no domingo carregando o que os norte-coreanos chamaram de satélite de observação da Terra para o espaço. O lançamento, que veio cerca de um mês depois de um teste nuclear, foi rapidamente condenado pelo líderes mundiais como uma potencial ameaça para a segurança regional e global.

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