Farc apontam 'importantes avanços' em diálogos em Cuba: 'paz se aproxima'

Negociações entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o governo foram iniciadas em 2012
Da AFP
Publicado em 16/02/2016 às 22:45
Negociações entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o governo foram iniciadas em 2012 Foto: Foto: ADALBERTO ROQUE / AFP


A guerrilha comunista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciou nesta terça-feira (16) ter alcançado "importantes avanços" na reta final das negociações de paz com o governo colombiano em Havana, o que lhe permite afirmar que "a paz se aproxima" na Colômbia.

"Na mesa de negociações alcançamos importantes avanços em diversos aspectos dos pontos Fim do Conflito, particularmente no que diz respeito à deposição das armas e ao combate das organizações criminosas", destacou a guerrilha em um comunicado publicado no site na Internet de sua delegação de paz na ilha.

"Com o governo nacional, compartilhamos visões, aproximamos pontos de vista e delimitamos nossos principais pontos de dissenso frente a estes temas transcendentais", acrescentou o grupo rebelde, destacando que "em breve poderemos anunciar ao país acordos com relação a estes temas importantes".

Ainda assim, "todos estes elementos nos levam a ratificar que há motivos para o otimismo e que a paz se aproxima", indicou, embora tenha admitido "a complexidade dos temas que ainda nos resta acordar" nas negociações de paz em Cuba, iniciadas em 2012.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o governo, que iniciaram na terça-feira um recesso em seus diálogos de paz, estão negociando os últimos temas de uma agenda de seis pontos que acertaram, com a finalidade de cumprir a promessa de assinar a paz antes de 23 de março.

As partes estão discutindo o fim do conflito, que inclui o desarmamento da guerrilha sob verificação de um grupo político das Nações Unidas, e o referendamento do pacto final de paz, um tema sobre o qual não conseguiu entrar em acordo.

Até agora, as partes tinham alcançado acordos em torno da questão agrária (origem do conflito), o tráfico de drogas, reparação às vítimas e garantias para que as Farc exerçam a política quando se desarmarem.

O conflito colombiano, iniciado como um levante camponês, deixou 220 mil mortos e seis milhões de deslocados.

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