A Organização Mundial da Saúde (OMS), que coordena a resposta ao vírus zika, divulgou nesta quarta-feira, em Genebra, um apelo para arrecadação de fundos de 56 milhões de dólares para financiar suas operações e os seus parceiros.
A propagação deste vírus, descoberto pela primeira vez em Uganda em 1947, tornou-se uma preocupação global, porque o zika é suspeito de causar distúrbios neurológicos graves como microcefalia em recém-nascidos e síndrome de Guillain-Barré.
Destes 56 milhões, 25 milhões são para financiar ações da OMS e seus escritórios regionais no continente americano. Os restantes 31 milhões são para alimentar as atividades dos parceiros da organização. Um fundo de emergência estabelecido recentemente ajudou a lançar as primeiras operações. O quadro anunciado nesta quarta-feira abrange o período de janeiro a junho.
Ele deve permitir monitorar o vírus zika, melhorar o controle do mosquito transmissor, comunicar eficazmente sobre os riscos e medidas de proteção, assegurar o acesso médico aos infectados e acelerar a produção de vacinas, diagnósticos e tratamentos.
Após as críticas à gestão da resposta ao Ebola, a OMS lançou um programa de emergência que incorpora um sistema de gestão de crises.
No início de fevereiro, a agência da ONU havia decretado uma "emergência de saúde pública de alcance global" para o zika e sua suposta ligação com um aumento nos casos de microcefalia e síndrome de Guillain-Barré em oito países.
Mais de 4.000 casos suspeitos de microcefalia foram relatados até à data, dos quais mais de 400 foram confirmados em conexão com o vírus.