A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira (29) a China um controle mais rígido na venda de vacinas no setor privado após um caso de doses vencidas que provocou um escândalo entre a opinião pública.
Segundo a imprensa chinesa, vacinas que foram armazenadas e transportadas de maneira ilegal ou inadequada foram vendidas por milhões de euros.
"As vacinas que estão no setor privado precisam ser controladas, armazenadas, manipuladas e distribuídas seguindo as normas reconhecidas", disse Lance Rodewald, um especialista em vacinação da OMS, em uma entrevista coletiva.
"É um caso muito grave. Nós levamos a sério. Queremos que sejam identificadas as causas profundas para que possam encontrar soluções", completou.
Na China, algumas vacinas são obrigatórias para todas as crianças, como as da poliomielite, hepatite B ou sarampo, fornecidas pelo Estado. Mas outras vacinas, contra meningite, a gripe ou os rotavírus, podem ser compradas no setor privado.
Rodewald disse que o sistema público de vacinação na China funciona bem de maneira geral e destacou que as vacinas expiradas não representam um perigo para os pacientes.
"Os pais têm que estar tranquilos e saber que seus filhos não sofrerão nenhuma reação tóxica", disse, antes de explicar que algumas pessoas "terão que ser vacinadas de novo".
As autoridades chinesas já detiveram mais de 130 pessoas relacionadas ao caso.