O procurador federal Guillermo Marijuan solicitou a abertura de investigação contra a ex-presidente argentina Cristina Kirchner em um caso por suspeita de lavagem de dinheiro - informaram fontes da Justiça neste sábado (9) citadas pela imprensa local.
O pedido foi feito com base em dados fornecidos por uma testemunha, na véspera, em um caso que corre sob segredo de Justiça, segundo as mesmas fontes.
De acordo com as informações vazadas para a imprensa, a testemunha teria mencionado a ex-presidente Cristina (2007-2015) e seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), como parte das operações sob investigação.
Além de Cristina, o procurador solicitou que sejam investigados o ex-ministro do Planejamento Federal de Kirchner, Julio De Vido, o financista argentino Ernesto Clarens e outras pessoas que não tiveram sua identidade divulgada.
Na próxima quarta, a ex-presidente deve comparecer à Justiça para testemunhar em um outro caso por suspeita de malversação pública por operações cambiais do Banco Central quando ela ocupava a Casa Rosada.
O Ministério da Justiça declarou neste sábado que não dará "qualquer informação" sobre a identidade dos demais envolvidos, amparados sob a figura de testemunhas protegidas, após o vazamento das declarações do empresário Leonardo Fariña, citando os Kirchner. O juiz do caso, Sebastián Casanello, determinou segredo de Justiça.
No âmbito dessa investigação, a Justiça determinou na quarta-feira a detenção do empreiteiro Lázaro Báez, por suspeita de lavagem de dinheiro. Ele teria multiplicado sua fortuna ao longo das gestões do casal Kirchner.
Báez, de 59, é acusado de ter desviado dinheiro para contas na Suíça nos 12 anos de governo Kirchner, com os quais manteve uma amizade. A imprensa argentina alega que Baéz seria responsável pela administração financeira da família Kirchner.